sábado, 25 de setembro de 2010

gosto de cigarro. (gôsto, e não gósto)

Não sei o que acontece. Ondas gigantes de tristeza me encharcam todos os dias. Cada vez menos eu sinto vontade de fumar e é cada vez mais fácil evitar o primeiro cigarro. Mas tenho medo de estar entrando em depressão de verdade. O que me conforta é pensar no futuro, em quem eu estou me transformando.
Meu corpo tem dado sinais de estresse... aftas, amigdalite, dores no corpo, sem contar a constante falta de paciência. Não sei, acho que tudo pode realmente estar acentuado com a carência afetiva que, como uma boa canceriana, eu sinto.

"Letra 'A', vamos começar! - Alô, por favor o Alexandre está? - Ele saiu com a namorada, quer deixar recado?- Não obrigada, deixa pra lá!" Nessas horas a gente abre as páginas amarelas e liga pro nome mais simpático que vir. Eu nem quero nada de mais, só uma boa noite de sexo e mentiras. Aluga-se um namorado apaixonado por uma noite apenas. É muito sacrifício?? Sei não... vai ficar pra próxima!

Saí várias vezes e em duas delas eu segurei o cigarro aceso. Sinto falta de senti-lo queimando entre meus dedos, de manter a mão ocupada. Segurei mas não tive a menor coragem de colocá-lo na boca. Sei lá, não sei bem se ‘coragem’ é a palavra certa porque coragem eu acho que tenho, o que me falta de repente é disposição de voltar pro dia 01 de novo!

Outro dia conversei com um amigo que está no 46º dia sem cigarro. Não se rendeu em nenhum momento nesse período! Ele disse que a vontade continua quando está com alguém que fuma e que gosta de sentir o cheiro. Impressionante como não é bem assim que funciona comigo. Não gosto de sentir o cheiro, na maioria das vezes me enoja. Ainda não experimentei a sensação, mas acho que beijar uma boca fumante vai ser uma experiência e tanto. Vou me colocar no lugar de todos os namorados que reclamavam do meu cigarro!

Lembro de uma vez que convidei um namorado pra vir na minha casa enquanto meus pais estavam viajando. Na época ele nem era mais namorado, tínhamos terminado há poucos meses. O convidei para um last revival com a esfarrapada desculpa de conhecer a geladeira nova de casa. Aham.
Ele era jogo duro, nem imaginava que fosse aceitar. Inclusive porque ele estava numa nova fase, meio que se libertando do nosso relacionamento e uma das novas práticas dele era se livrar do cigarro. Ele nem fumava tanto quanto eu e dizia que eu ficava esquisitérrima fumando maconha. Porém aceitou meu convite, chegou aqui em casa e pegou uma cerveja na geladeira nova. Sentamos no sofá, conversamos e rimos bastante, por quase 1 hora e meia e eu ainda não tinha fumado nenhum cigarro, quando resolvi ascender. E antes de aproximar o isqueiro, ele me interrompeu e pediu que eu não fumasse. Perguntei por que (oh, pergunta mais ingênua!) e sem responder já saiu me dando um beijo, me jogando no sofá, na parede e me chamando de lagartixa. Foi ótimo. Dormimos juntos e na manhã seguinte ele se levantou e foi embora. Nós dois sabíamos que aquela seria a última vez, que nem tinha espaço pra uma próxima. E foi. Arrisco dizer que foi o único relacionamento que não deixou  nem um pedaço de linha solta pra correr. Acabou e ponto.

2 comentários:

  1. Sua mãe lê o seu blog menina...que pocavergonha!...só tem safadeza

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  2. poooxa! que pena que vc pensa assim! =/ pensei que ia curtir!

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